Sou clichê. Do momento que acordo ao instante que me deito. O que me torna por outro lado, sempre muito leal. Meus pensamentos são os mesmos, em forma, conteúdo e até sorriso, o que geralmente corresponde à dentes grandes e sardas. Acredito em Deus como um ser universal, portanto ignoro as múltiplas divisões impostas pelas religiões. Meus planos e sonhos só se extinguem diante da realização e meus valores arcaicos, seriam considerados utópicos pelos que vivem em alienação à uma idéia errônea de modernidade que condiz com a mutilação dos bons costumes em provimento de uma liberdade que ao invés de dar asas, aprisiona o ser em sua condição de existência mais ínfima desde os primórdios.
Minha felicidade dispensa cifrões e meu amor... Bem, quem acreditaria em romance em pleno século XXI?
Ora, uma garota de estatura mediana e um humor questionável, de certo acreditaria.
E acreditando lhes diria que tem um amor quentinho como se acabasse de sair do forno. Um amor que se aquieta no sofá da sala em dias de chuva à espera do outro, com chocolate quente e toalhas secas. Um amor que ignora a distância não por desconhecer a matemática mas por reconhecer que a existência de quem se distancia é ainda mais veemente no seu próprio interior. Um amor que repousa no peito depois de um dia ruim e adormece com a inocência de uma criança confortada pelo calor de quem é pra ela, a própria vida. Um amor primitivo que ignora o ritual das despedidas e por deficiência ou teimosia, jamais aceitaria qualquer coisa que soasse inferior a eternidade. Terrivelmente piegas e absolutamente doce! Desses pelos quais se aceita a vida e a morte.
Nuvens
Há 11 anos

Nenhum comentário:
Postar um comentário